MTST protesta no prédio do Ministério da Fazenda contra corte de gastos

Coordenação alega que cortes afetam o Minha Casa, Minha Vida.
Grupo ocupou edifício por duas horas e se reuniu com representantes.

Integrantes do MTST ocupam prédio do Ministério da Fazenda em Pernambuco (Foto: Kety Marinho/TV Globo)
MTST ocupa prédio do Ministério da Fazenda em Pernambuco (Foto: Kety Marinho/TV Globo)
 
Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto de Pernambuco (MTST-PE) se reuniram, na manhã desta segunda-feira (5), no prédio do Ministério da Fazenda do estado, localizado na área central do Recife. O grupo se manifesta contra os cortes orçamentários anunciados pelo Governo Federal, que afetam o pagamento de benefícios sociais de habitação para famílias de baixa renda, sobretudo o Minha Casa, Minha Vida.
O prédio foi ocupado durante a manhã e liberado por volta das 11 horas, após reunião com representantes do órgão. Eles também interditaram a Avenida Alfredo Lisboa durante o ato.
De acordo com a coordenadora do MTST no estado, Lídia Brunes, o Ministério da Fazenda está pagando benefícios em atraso por causa das novas medidas de enfrentamento à crise. “Com os cortes, vamos acabar prejudicando famílias que estão na fila lá anos, buscando uma moradia digna. São 80 mil famílias que não têm habitação, só no Recife”, alega.

Integrantes do MTST estão dentro do prédio do Ministério da Fazenda, no Recife (Foto: Penélope Araújo/G1)
Integrantes do movimento estão dentro prédio do Ministério da Fazenda, no Recife (Foto: Penélope Araújo/G1)
 
Lídia pontuou que as famílias de baixa renda já sentem as consequências dos cortes. "A gente quer construir as casas e não consegue por causa do reajuste. O Minha Casa, Minha Vida III ainda não foi lançado por causa desses cortes", explicou.
Quinze integrantes do movimento foram recebidos pelo superintendente adjunto do Ministerio da Fazenda, Valmir Maximiano, e pelo gerente de logística, Fernando Farias. O grupo entregou a pauta de reivindicação aos representantes.
"Nós subimos, entregamos a pauta na mão do superintendente e a ideia é que eles analisem e levem direto para Joaquim Levy [ministro da Fazenda], para acabar com os cortes que estão tendo em todos os programas sociais para a família de baixa renda", afirmou Lídia após a reunião.
A organização estima a participação de 500 pessoas. A Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) e a Polícia Militar estiveram no local.

Após o fim da ocupação no Ministério da Fazenda, manifestantes ligados ao Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM) se dirigiram à Caixa Econômica Federal. "Tem diversas situações em que já temos o terreno, já temos o projeto e só falta a Caixa dar celeridade", comentou Paulo André, coordenador do MNLM.
O G1 entrou em em contato com o Ministério da Fazenda, mas até o momento não recebeu posicionamento oficial do órgão. A reportagem também tentou contatar a Caixa Econômica Federal, mas ninguém atendeu às ligações.

Avenida Alfredo Lisboa, no centro do Recife, foi fechada por integrantes do MTST (Foto: Penélope Araújo/G1)
Avenida Alfredo Lisboa, no centro do Recife, foi fechada durante protesto do MTST (Foto: Penélope Araújo/G1)
 
Ação simultânea
Dia 5 de outubro é o Dia Nacional de Luta Pela Moradia. Por isso, integrantes do MTST-PE também fecharam os dois sentidos da rodovia PE-60, no Cabo de Santo Agostinho, Litoral Sul do estado, ainda durante a manhã. De acordo com o 18º Batalhão da Polícia Militar, o grupo chegou a queimar pneus na altura do quilômetro 500. A via já foi liberada.

Ainda segundo a PM, os manifestantes seguiram em direção a prefeitura, onde aguardam  serem atendidos no gabinete do prefeito.

O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto é filiado à União Nacional Por Moradia Popular (Unmp).

Protesto PE-60. Cabo de Santo Agostinho (Foto: Reprodução / WhatsApp)
MTST também fez protesto na PE-60, no Cabo de Santo Agostinho (Foto: Reprodução / WhatsApp) G1 PE,

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