O secretário de Cidades de Cuiabá (MT), Eduardo Chiletto, revelou que a Prefeitura de Petrolina (PE) fez uma oferta para comprar o material rodante do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) de Cuiabá. A declaração sobre a proposta de negócio aconteceu nesta segunda-feira (19), na Comissão de Infraestrutura da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). Ainda conforme o gestor, a garantia dos trens termina em novembro deste ano. Ao todo, os 40 vagões do novo modal custaram R$ 497.990.000,00 aos cofres públicos.
Atendendo a um pedido requerido pelo deputado Emanuel Pinheiro (PR), o secretário esteve na Sala das Comissões da ALMT prestando informações a respeito das obras do VLT. Lá, ele informou que a prefeitura de Petrolina (PE), a qual também implantará o modal, fez uma oferta para comprar o material rodante de Cuiabá: “Houve uma reunião e eles demonstraram a intenção de comprar”, declarou o gestor da pasta.
O secretário ainda explicou que nem chegou a conversar sobre valores com os representantes de Petrolina. “Eu nem quis saber disso. Não posso negociar. Só se o contrato com o Consórcio fosse rescindido totalmente”, explicou Eduardo Chiletto. Também foi informado que a garantia do material rodante com a CAF Brasil, empresa responsável pela fabricação dos trens, termina em novembro deste ano: “Ou renovamos, ou perdemos esse material”, declarou Chiletto. Em julho, durante uma inspeção da Secretaria de Cidades (Secid) foram localizados vagões pichados e alvos de vandalismo. O Consórcio foi notificado para restaurar o material.
O VLT na cidade de Petrolina custará cerca de R$ 117 milhões, sendo que R$ 83 milhões serão para o VLT e R$ 29 milhões para a pavimentação e qualificação de vias urbanas. O projeto inicial prevê quatro vagões para um trajeto de 4,8 quilômetros. Serão cinco estações e dois terminais centrais, sendo divididos em Estação Central, Rodoviária, Sementeira, Ceape, Parque de Integração, Vila Verde e Pedra Linda.
Obra parada
A Justiça suspendeu por quatro meses as obras do VLT em Cuiabá, para que um estudo seja finalizado pelo Executivo. Com isto, os trabalhos só devem ser retomados em 2016. A previsão é que o trem sobre trilhos não fique pronto antes de 2018. Ao todo, já foram gastos mais de R$ 1 bilhão com as obras. O projeto estava orçado em R$ 1,47 bilhão e pode ultrapassar os R$ 2 bilhões com as correções.
Enquanto isso, os vagões seguem parados no Centro de Manutenções de Várzea Grande, onde ficam expostos a intempéries. Os vagões foram feitos para durar pelo menos 30 anos. Porém, com o atraso na implantação do novo modal, o ‘prazo de validade’ vai expirando mesmo sem o VLT estar funcionando a serviço da população. (fonte/foto: Olhar Direto)
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